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Estudo sobre Relações entre filosofia e religião

Relações entre filosofia e religião: uma primeira conclusão Segundo Martin Buber: A religião, mesmo que o “Incriado” não seja expresso com boca e com alma, fundamenta-se na dualidade Eu-Tu; a filosofia, mesmo quando o ato filosófico desemboca em uma visão de unidade, fundamenta-se na dualidade sujeito-objeto [...]. A primeira nasce da situação primordial do  Há, porém, uma discussão acerca da condição simbólico/analógica da própria ciência. Essa discussão se dá na contramão do modelo positivista da ciência (cf. Alves, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. São Paulo: Loyola, 2005). Numa direção semelhante, podemos ainda citar a filosofia pragmática, em especial o pensamento de Richard Rorty (Verdade e progresso. Barueri: Manole, 2006.) A principal ideia dessa obra é que a ciência não lida com o problema da verdade, mas com a resolução de problemas relacionados a determinado tempo e espaço. Falando sobre a natureza da linguagem religiosa, João Batista Libânio diz o seguinte: “Prefere a linguagem simbólica, ama o ícone [...]. Fala à inteligência, mas pretende aquecer as fibras do coração” (Introdução à teologia: perfil, enfoques, tarefas. São Paulo: Loyola, 1999. p. 89).

Indivíduo: ele em presença do ente que aponta para ele e para quem ele aponta; a segunda surge da divisão desse conjunto em duas maneiras de ser inteiramente diferentes: um ser que esgota sua capacidade no observar e refletir, e outro que não consegue outra coisa senão ser observado e ser refletido. Eu e Tu subsistimos graças à concretude vivida e dentro dessa concretude; sujeito e objeto, produtos da força de abstração, só duram enquanto dura a abstração.

Essa distinção buberniana de Eu-Tu e sujeito-objeto aponta para certa especificidade tanto da religião quanto da filosofia. Enquanto a primeira se inscreve na dimensão do vivido e do concreto, a segunda opera na dimensão da abstração, ou seja, na reflexão distanciada acerca daquilo que é vivido por outro. É próprio, portanto, da reflexão filosófica sobre a religião certo distanciamento reflexivo que se justifica com base na tarefa crítica da filosofia. A filosofia quer, portanto, inquirir da religião suas razões. No entanto, isso não se faz pelo olhar do cristão, mas do olhar do crítico. Ou seja, quem faz a pergunta a faz não como quem vive certa prática, mas como quem a observa com certa distância e abstração. Nesse sentido, cabe a pergunta pelo significado da religião. Afinal de contas, o que é religião? Urbano Zilles propõe a seguinte conceituação:


No fundo de toda a situação verdadeiramente religiosa, encontra- se a referência aos fundamentos últimos do homem: quanto à origem, quanto ao fim e quanto à profundidade. O problema religioso toca o homem em sua raiz ontológica.

Não se trata de fenômeno superficial, mas implica a pessoa como um todo. Pode caracterizar-se o religioso como zona do sentido da pessoa. Em outras palavras, a religião tem a ver com o sentido último da pessoa, da história e do mundo.

Ao falar de religião, ao menos do ponto de vista filosófico, não se deveria reduzi-la a nenhuma outra realidade que não seja a si mesma.

É precisamente com base nessa experiência de incondicionalidade que a filosofia da religião se aproxima do fenômeno religioso. Isso, porém, não significa que a filosofia da religião deva ter o olhar do cristão, que seria próprio do teólogo. A filosofia da religião intenta abstrair das funções religiosas suas categorias centrais.

Filosofia da religião é doutrina das funções religiosas e de suas categorias. Teologia é apresentação normativa e sistemática da plenificação concreta do conceito de religião.
A distinção entre filosofia da religião e teologia é fundamental. Se ela não for efetivamente realizada, acaba havendo algum tipo de cooptação de discurso, seguido de instrumentalização ideológica. Severino Croatto faz a seguinte distinção: A filosofia da religião preocupa-se com o Absoluto, não como “encontro” com ele, nem como Deus, mas como o Ser e o fundamento de toda realidade. O ponto de vista, ou a via de acesso, é sempre racional
[...]. A filosofia da religião fala de Deus e do ser humano religioso.
É um saber, não um compromisso.
Como ciência, a teologia parte do dado da fé; por isso, pretende falar a partir de Deus, a partir da relação que ele estabelece com o ser humano [...]. A teologia, como ciência, “utiliza” os dados da fé (da revelação), mas se fundamenta (como a filosofia) na razão. Seu ponto de partida é a experiência de fé (diferente da filosofia), mas seu método é racional.


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Fenômeno religioso.

Estudo sobre a o fenômeno religioso.


A religião, como fenômeno humano, está presente na história de todos os povos ao longo de todos os tempos. Essa presença, longe de ser secundária, estruturou — e ainda estrutura — culturas, sendo-lhes geradora de sentido e plausibilidade. Exatamente por isso, a religião vem sendo estudada pelas mais diversas expressões da ciência, sobretudo das ciências humanas e sociais. Dentre essas, queremos destacar algumas: teologia, apologética, fenomenologia e filosofia. Sem dúvida, ao longo da História foram essas expressões da ciência que de forma mais contundente se debruçaram sobre o estudo do fenômeno religioso.

A filosofia da religião, como expressão crítica da reflexão humana sobre o fenômeno religioso, norteia-se por um conjunto de pressupostos. Identificar adequadamente esses pressupostos é fundamental para que seu discurso não se confunda com o discurso religioso em si, aquele que é feito pelo fiel — a quem estamos chamando de Homo religiosus. Sem pretender apresentar uma lista exaustiva de pressupostos para a reflexão filosófica acerca do fenômeno religioso, passamos à exposição de alguns que julgamos fundamentais:

Teologia: 

Estuda os fatos da experiência que são interpretados em forma de doutrina. “Como ciência, a teologia parte do dado da fé; por isso, pretende falar a partir de Deus, a partir da relação que ele estabelece com o ser humano.”1 A teologia como ciência utiliza os dados da fé (da revelação), mas se fundamenta na razão: seu ponto de partida é a fé, mas seu método é racional.

Apologética: 

Demonstra que determinada perspectiva (doutrina) da teologia é a verdade. Defende a veracidade daquilo que é crido em determinada denominação e expresso num código ou declaração doutrinária. “Algumas pessoas fazem distinção entre apologética positiva, que se propõe a provar a verdade do cristianismo, e apologética negativa, que apenas procura remover as barreiras à fé respondendo às críticas.”

Fenomenologia da religião: 

Estuda os fatos religiosos com base em sua intencionalidade e pergunta pelo significado do fato religioso para o Homo religiosus.3 “A fenomenologia parte necessariamente dos fenômenos religiosos (fatos, testemunhos, documentos), contudo explora especificamente seu sentido, sua significação para o ser humano específico que expressou ou expressa esses mesmos fenômenos religiosos.”


Filosofia da religião: 

Estuda as origens e o conteúdo dos fatos da experiência. Analisa a religião propriamente dita em suas relações com outras fases da vida. A filosofia da religião preocupa-se com o Absoluto, não como encontro com ele, nem como Deus, mas como o Ser e o fundamento da realidade. A filosofia da religião, como expressão do saber humano, muitas vezes estimulada pela racionalidade crítica, fala de Deus e do ser humano religioso. É um saber construído com base na reflexão autônoma, não um compromisso de fé. Por isso, não substitui o ato religioso, mas reflete criticamente a respeito dele.

Os princípios para uma boa pregação


Como fazer uma boa pregação. 




Os princípio teológico


a)      A Bíblia é diferente dos demais livros ( II Tm 3:16).
b)      É necessário que o intérprete tenha o Espírito Santo dentro de si, para poder interpretar corretamente a Palavra de Deus ( I Co 2:14).
c)      Precisamos entender as doutrinas ensinadas na Bíblia, à luz de outras passagens, e o ensino global da Palavra de Deus.

O princípio gramatical

a)      O significado das palavras é importante para o intérprete. Etimologia, História.
b)      Que tipo de literatura você está pesquisando? É literal ou figurativa? É texto descritivo ou prescritivo?

O princípio histórico

a)      Quem é o autor do texto? Em que circunstâncias escreveu? Para quem escreveu? Qual a condição espiritual dos destinatários?
b)      Qual o fundo histórico do texto?

O princípio homilético

a)      Qual a aplicação do texto à situação contemporânea?
b)      Antes de aplicar o texto, você precisa interpretá-lo corretamente.
c)      Faça a aplicação à sua própria vida (viver e pregar são formas de aplicar a palavra de Deus à contemporaneidade).

SERMÕES



Existem várias maneiras de se classificar um sermão, isto em virtude dos vários critérios que são usados, como por exemplo:

-         O conteúdo (assunto);
-         A estrutura (esboço);
-         O método (apresentação).

A maneira mais simples e eficiente que a maioria dos homiletas adotam é:

a)        Sermão temático;
b)        Sermão textual;
c)        Sermão expositivo.

Destes originam-se todos os demais sermões possíveis, que sejam:

-         Biográficos;
-         Éticos;
-         Analíticos;
-         Doutrinários;
-         Evangelísticos;
-         Edificação.


Sermão temático


O sermão temático é aquele que origina-se com o assunto, tanto divisões como subdivisões derivam de um tema e independem do texto.
            Ao examinarmos cuidadosamente esta definição, percebemos três verdades básicas:

-         Primeira ( começa com um assunto);
-         Segunda ( divisões e subdivisões derivam de um tema);
-         Terceira ( independe de um texto)

Exemplo: “Ter uma visão correta de Cristo é essencial ao seu viver”.

1)      O que você mais deseja:

a)      Saúde;
b)      Paz;
c)      Dinheiro.

2)      O que você mais precisa:

a)      Um Cristo Poderoso (II Co 5:17) ;
b)      Um Cristo alegre (Jo 10:10b);
c)      Um Cristo amigo ( Jo 15:14-15 a).

Outros assuntos

a)      O amor de Jesus;
b)      As lágrimas de Jesus;
c)      Como ser um crente que cresce;
d)      O fundamento do lar cristão.



Sugestões

-         “Satanás, nosso arqui-inimigo”.

a)      Sua origem ( Ez 28: 12-17);
b)      Sua queda ( Is 14:12-15);
c)      Seu poder ( Ef 6:11; Lc 11:14-18);
d)      Seu destino ( Mt 25:41).

-         “A Bíblia é a Palavra de Deus”.

a)      A Bíblia nunca passará;
b)      A Bíblia tem um propósito eterno;
c)      A Bíblia é divinamente inspirada;
d)      A Bíblia está completa.

-         “O testemunho do crente”.

a)      Com sal a palavra deve ser temperada ( Cl 4:6);
b)      Em santificação devemos saber usar nosso corpo ( I Ts 4:4);
c)      O procedimento tem que ser exemplar ( I Pe 2:12).

·        Cuidado! O sermão temático é  que dá mais liberdade ao pregador, e isto pode levá-lo facilmente a fugir do tema, ou usar textos fora do contexto.

-         Texto: não tem, é o assunto;
-         Divisão: está no assunto;
-         Subdivisão: está no assunto.

Sermão textual

            O sermão textual é aquele que origina-se de um texto relativamente breve, as divisões principais estão dentro do texto, e você tem liberdade nas suas subdivisões, desde que não fuja do contexto, ou seja:

-         O sermão textual começa com um texto;
-         As divisões principais estão dentro deste texto;
-         Você tem liberdade nas subdivisões.

Exemplo: “O que a igreja possuía que vale mais que a prata e o ouro”. ( At 3:1-10)

1)      Ela possuía devoção (3:1)

a)      Na freqüência ao templo (At 2:46);
b)      No temor de Deus (At 2:43);
c)      No louvor a Deus (At 2:47);
d)      Ao anunciar o evangelho (At 4:20).

2)      Ela possuía união (3:4)

a)      Na doutrina dos apóstolos (At 2:42);
b)      Na proximidade uns dos outros (At 2:44);
c)      No coração e na alma (At 4:32).

3)      Ela possuía poder (3:6)

a)      Para sensibilizar (At 2:37);
b)      Para realizar prodígios (At 2:43);
c)      Para testemunhar de Cristo (At 4:33).

4)      Ela possuía ação (3:7)

a)      Ajudando aos necessitados (At 4:34);
b)      Sendo simpática ao povo (At 2:47);
c)      Enviando missionários (At 13:1-2).

Atenção! As divisões principais são verdades sugeridas do próprio texto.

Sugestões


-         “A magnitude de Deus é perceptível”.

1)      Através da pequinês de uma criança (8:2);
2)      Através da imensidão do universo (8:3);
3)      Através do domínio que deu ao homem (8:4-8).

Não esqueça!
-         A divisão está no texto;
-         As subdivisões: livres, desde que não fujam do assunto (contexto).

Sermão Expositivo

            Surge de um texto mais ou menos extenso, derivando-se deste texto tanto as divisões como as subdivisões, ou seja:

-         O sermão expositivo começa com um texto;
-         Este texto é um pouco extenso;
-         Tanto divisões como subdivisões são tiradas diretamente deste texto.

Exemplo: “Ninguém fugirá ao crivo do ungido de Deus”(Sl 2).

1)      A tendência natural do homem em rebelar-se contra Deus (2:1-3).

a)      Sentem-se raivosos (2:1);
b)      Imaginam coisas vãs (2:1);
c)      Conspiram contra o próprio Deus (2:2);
d)      Querem viver como se não existisse Deus (2:3).

2)      A soberania absoluta de Deus (2:4-5).

a)      O Senhor tem controle de toda situação (2:4).
b)      O Senhor, na hora certa, vai se comunicar (2:5).
c)      O Senhor, no devido tempo, derramará sua ira (2:5).

3)      Jesus Cristo como Rei dos reis (2:6-9)

a)      Deus constituiu o seu rei (2:6);
b)      Este rei é seu filho Jesus (2:7);
c)      Jesus tem toda a autoridade (2:8-9).

4)      O homem precisa ter uma relação pessoal com este rei (2:10-11).

a)      A prudência como virtude maior (2:10);
b)      O serviço em obediência (2:11);
c)      A alegria com respeito (2:11).

Não esqueça: As divisões e subdivisões estão no texto.

O sermão expositivo é o mais eficaz, porque mais do que todos os outros tipos de sermões, ele vai produzindo, com o passar do tempo, uma igreja doutrinariamente sólida.
Jesus adverte: “Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”(Mt 22:29).

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Estudo sobre os historiadores da igreja

                        OS HISTORIADORES DA IGREJA



Eusébio de Cesaréia (260-340). Escreveu sua História Eclesiástica onde apresenta a história da Igreja desde seu início até 324. A sua Crônica começa com Abraão e vai a 323. Deu estrutura cronológica para toda a história medieval. Escreveu a Vida de Constantino onde louva o imperador. Foi acusado de ser  semi-ariano.

Socrates. Nasce em Constantinopla e escreveu a história da Igreja de 305 até 439. É um autor não  crítico, ignorava a Igreja no oeste. Ele apresenta uma coleção inestimável de dados e documentos.

Sozomen. Foi criado em Gaza mas viveu em Constantinopla após 406. Apresenta a história de 323 a   439. Foi educado para ser monge. Dá destaque ao monarquismo em detrimento de outros dados como a  verdadeira filosofia cristã. A biografia é a principal força de sua história.

                        Os "Teólogos" da Igreja


Atanásio(298-373) Assistiu o Concílio de Nicéia, mas aparentemente não foi um grande luminário lá.
                
Após a morte de Cirilo, Atanásio foi eleito bispo de Alexandria em 328. Durante seu bispado foi exilado 5  vezes por Constantino e seus sucessores. Sua força se tornou tão grande, que os últimos dois mandatos do exílio não podiam ser cumpridos. Nesse período a ortodoxia nicena já havia triunfado sobre o     arianismo. Sua vida pode ser dividida em 3 etapas: Antes de Nicéia até 325; luta contra o arianismo    325-361 e período de vitória da ortodoxia, 361-373

João Crisóstomo (345-407). foi um grande expositor e orador. Ao princípio advogou segundo seu treino   em direito. Após seu batismo em 368 se tornou monge. Com a morte da sua mãe em 374 seguiu uma vida  extremamente ascética até 380. foi ordenado em 386 e se tornou patriarca de Constantinopla em 398. Foi   banido em 404 por ter denunciado as vestimenta extravagantes da imperatriz, bem como a colocação de   uma estatueta dela em prata na Igreja ao lado de Santa Sofia. Morreu no exílio em 407. Ainda existem    604 dos seus sermões. A leitura destes sermões mostra a força da sua pregação sem o acréscimo da   personalidade de seu autor. A grande maioria destes sermões versam sobre as epístolas de Paulo.
               
Procurava levar em consideração o contexto e aplicar aos dias dele o sentido literal do texto.

Teodoro de Mopsuéstia (350-428). Foi príncipe dos exegetas da antiguidade. em contraste com os   alexandrinos, ele com Crisóstomo procuravam proclamar o sentido natural do texto. Foi defensor, pelo   menos em parte, de Nestório. Defendeu insistentemente a integridade da humanidade de Cristo.

Basílio de Cesaréia (329-379) foi instalado na sé de Cesareia em 370. Logo em seguida começou uma   série de negociações teológicas, primeiro com Atanásio e depois com o papa Dâmaso para promover a     reunião das igrejas cismadas pela controvérsia sobre a Trindade. Graças a sua obra de organizador e    legislador criou uma nova concepção da instituição monástica. Colocou como ideal o quadro dos cristãos  em Jerusalém (At:2-4) e destacou daí a obediência ao superior.

Gregório de Nissa (331-395). Irmão mais novo de Basílio, foi um estudante da Bíblia e de Orígenes. Foi   eleito bispo em 371. Tornou-se o defensor mais avançado do credo de Nicéia. Foi o primeiro a procurar  estabelecer por considerações racionais a totalidade das doutrinas ortodoxas. A filosofia se tornou uma auxiliadora da teologia. Embora divergiu de Orígenes, especialmente em cosmologia, na maior parte   aceitou o ensino deste no que podia acomodá-lo à fé explícita da Igreja.

Gregório de Nazianso (330-390). Foi eleito bispo em 372, junto com os dois anteriores, procurou   reconciliar as 2 proposições de Atanásio: a identidade de essência entre Pai e Filho com a distinção de  pessoalidade entre Pai e Filho. Os 2 Gregório também procuravam salvar a reputação de Orígenes para a   ortodoxia. Assim adotaram a doutrina de Orígenes que rezava que o Logos uniu-se com a natureza   sensível pela mediação de uma alma humana racional. Acrescentaram que o Logos tomou todas as partes   da natureza humana em comunhão consigo e as permeava.

Jerônimo (347-419). Foi o autor da Vulgata que ele insistiu traduzir do grego (NT) e hebraico (AT), salvo   os Salmos que já foram traduzidos da Setuaginta (LXX). Jerônimo introduziu dois outros elementos à   Igreja ocidental que tiveram grandes repercussões lá. Introduziu a vida ascética a Europa ocidental. A   importância disto só pode ser avaliada à luz da forma que a Igreja toma na Europa medieval. Introduziu     também Orígenes ao Oeste. Por causa de uma tradução tendenciosa por parte de Rufino, Jerônimo fez  uma tradução ao pé da letra de Orígenes. Mais tarde ficou embaraçado de ter seu nome ligado a   Orígenes. Condenou a doutrina deste, mas sempre admirou seu estilo de escritor. Além de suas traduções  da Bíblia e de Orígenes, Jerônimo é famoso por seus comentários nas Escrituras. Seu primeiro (388) comentário foi sobre Eclesiástes, seguido no mesmo ano por Gálatas, Efésios e Tito. Três anos depois   publicou um sobre 5 dos profetas menores. De 397 até 419 completou os profetas menores, bem como    Jonas, Daniel, Isaias, Ezequiel e Jeremias. E do NT apenas Mateus.

Ambrósio de Milão (340-397). Foi um grande administrador eclesiástico; pregador e teólogo. Foi a   pregação de Ambrósio que trouxe Agostinho ao evangelho. Era governador imperial da área ao redor de   Milão quando o bispo da cidade morreu em 374. O povo unanimemente queria que Ambrósio aceitasse     ser bispo. Crendo ser isto a vontade de Deus, renunciou ao seu cargo político, distribuiu seus bens aos   pobres e, após sua eleição, iniciou um estudo intensivo das Escrituras. Foi um grande pregador apesar de  sua exposição ser desfigurada pela interpretação alegórica das Escrituras. Resistiu ao imperador  Teodósio, não permitindo-o participar da Ceia até que humilde e publicamente se arrependesse do  massacre dos tessalonicenses. Aparentemente foi Ambrósio que introduziu o cantar de hinos na Igreja  Ocidental.


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