OS HISTORIADORES DA IGREJA
Eusébio de
Cesaréia (260-340). Escreveu sua História Eclesiástica onde apresenta a história da Igreja
desde seu início até 324. A sua Crônica começa com Abraão e vai a 323. Deu
estrutura cronológica para toda a história medieval. Escreveu a Vida de
Constantino onde louva o imperador. Foi acusado de ser semi-ariano.
Socrates. Nasce em Constantinopla e
escreveu a história da Igreja de 305 até 439. É um autor não crítico, ignorava a Igreja no oeste. Ele
apresenta uma coleção inestimável de dados e documentos.
Sozomen. Foi criado em Gaza mas
viveu em Constantinopla após 406. Apresenta a história de 323 a 439. Foi educado para ser monge. Dá destaque
ao monarquismo em detrimento de outros dados como a verdadeira filosofia cristã. A biografia é a
principal força de sua história.
Os "Teólogos" da Igreja
Atanásio(298-373) Assistiu o Concílio de
Nicéia, mas aparentemente não foi um grande luminário lá.
Após
a morte de Cirilo, Atanásio foi eleito bispo de Alexandria em 328. Durante seu
bispado foi exilado 5 vezes por Constantino
e seus sucessores. Sua força se tornou tão grande, que os últimos dois mandatos
do exílio não podiam ser cumpridos. Nesse período a ortodoxia nicena já havia
triunfado sobre o arianismo. Sua vida
pode ser dividida em 3 etapas: Antes de Nicéia até 325; luta contra o
arianismo 325-361 e período de vitória
da ortodoxia, 361-373
João
Crisóstomo (345-407). foi um grande expositor e orador. Ao princípio advogou segundo seu
treino em direito. Após seu batismo em
368 se tornou monge. Com a morte da sua mãe em 374 seguiu uma vida extremamente ascética até 380. foi ordenado
em 386 e se tornou patriarca de Constantinopla em 398. Foi banido em 404 por ter denunciado as vestimenta
extravagantes da imperatriz, bem como a colocação de uma estatueta dela em prata na Igreja ao
lado de Santa Sofia. Morreu no exílio em 407. Ainda existem 604 dos seus sermões. A leitura destes
sermões mostra a força da sua pregação sem o acréscimo da personalidade de seu autor. A grande maioria
destes sermões versam sobre as epístolas de Paulo.
Procurava levar em consideração o contexto e aplicar
aos dias dele o sentido literal do texto.
Teodoro de
Mopsuéstia (350-428). Foi príncipe dos exegetas da antiguidade. em contraste com os alexandrinos, ele com Crisóstomo procuravam
proclamar o sentido natural do texto. Foi defensor, pelo menos em parte, de Nestório. Defendeu
insistentemente a integridade da humanidade de Cristo.
Basílio de
Cesaréia (329-379) foi instalado na sé de Cesareia em 370. Logo em seguida começou
uma série de negociações teológicas,
primeiro com Atanásio e depois com o papa Dâmaso para promover a reunião das igrejas cismadas pela
controvérsia sobre a Trindade. Graças a sua obra de organizador e legislador criou uma nova concepção da
instituição monástica. Colocou como ideal o quadro dos cristãos em Jerusalém (At:2-4) e destacou daí a
obediência ao superior.
Gregório de
Nissa (331-395). Irmão mais novo de Basílio, foi um estudante da Bíblia e de Orígenes.
Foi eleito bispo em 371. Tornou-se o
defensor mais avançado do credo de Nicéia. Foi o primeiro a procurar estabelecer por considerações racionais a
totalidade das doutrinas ortodoxas. A filosofia se tornou uma auxiliadora da
teologia. Embora divergiu de Orígenes, especialmente em cosmologia, na maior
parte aceitou o ensino deste no que
podia acomodá-lo à fé explícita da Igreja.
Gregório de
Nazianso (330-390). Foi eleito bispo em 372, junto com os dois anteriores, procurou reconciliar as 2 proposições de Atanásio: a
identidade de essência entre Pai e Filho com a distinção de pessoalidade entre Pai e Filho. Os 2 Gregório
também procuravam salvar a reputação de Orígenes para a ortodoxia. Assim adotaram a doutrina de
Orígenes que rezava que o Logos uniu-se com a natureza sensível pela mediação de uma alma humana
racional. Acrescentaram que o Logos tomou todas as partes da natureza humana em comunhão consigo e as
permeava.
Jerônimo
(347-419).
Foi o autor da Vulgata que ele insistiu traduzir do grego (NT) e hebraico (AT),
salvo os Salmos que já foram traduzidos
da Setuaginta (LXX). Jerônimo introduziu dois outros elementos à Igreja ocidental que tiveram grandes
repercussões lá. Introduziu a vida ascética a Europa ocidental. A importância disto só pode ser avaliada à luz
da forma que a Igreja toma na Europa medieval. Introduziu também Orígenes ao Oeste. Por causa de uma
tradução tendenciosa por parte de Rufino, Jerônimo fez uma tradução ao pé da letra de Orígenes. Mais
tarde ficou embaraçado de ter seu nome ligado a Orígenes. Condenou a doutrina deste, mas
sempre admirou seu estilo de escritor. Além de suas traduções da Bíblia e de Orígenes, Jerônimo é famoso
por seus comentários nas Escrituras. Seu primeiro (388) comentário foi sobre
Eclesiástes, seguido no mesmo ano por Gálatas, Efésios e Tito. Três anos
depois publicou um sobre 5 dos profetas
menores. De 397 até 419 completou os profetas menores, bem como Jonas, Daniel, Isaias, Ezequiel e Jeremias.
E do NT apenas Mateus.
Ambrósio de Milão (340-397). Foi um grande administrador
eclesiástico; pregador e teólogo. Foi a
pregação de Ambrósio que trouxe Agostinho ao evangelho. Era governador
imperial da área ao redor de Milão
quando o bispo da cidade morreu em 374. O povo unanimemente queria que Ambrósio
aceitasse ser bispo. Crendo ser isto
a vontade de Deus, renunciou ao seu cargo político, distribuiu seus bens
aos pobres e, após sua eleição, iniciou
um estudo intensivo das Escrituras. Foi um grande pregador apesar de sua exposição ser desfigurada pela
interpretação alegórica das Escrituras. Resistiu ao imperador Teodósio, não permitindo-o participar da Ceia
até que humilde e publicamente se arrependesse do massacre dos tessalonicenses. Aparentemente
foi Ambrósio que introduziu o cantar de hinos na Igreja Ocidental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário